Um
arco-íris cinza estava no céu da sua vida revelando que nada deveria
ser levado em consideração. Certo ou errado? Nada importava exceto seus
impulsos frívolos. Ele sentiu o toque gélido da morte dentro de si
roubando tudo que ele tinha de bom. O sol negro figurava a dor como
protagonista no palco da sua vida. Por um longo tempo sentiu que o
jardim do seu coração havia murchado. A boêmia era o seu
modo de vida. Galgava a galope em seu cavalo, a insanidade, rumo às
terras de Nárnia. Guiado como um marinheiro pela constelação da loucura
viveu cada instante como se fosse o derradeiro, imensuravelmente, uma
vida inconsequente, no entanto algo aconteceu em meados dessa rota,
apesar de almejar nunca mais valorizar algo ele parou para cuidar de um
passarinho que se encontrava machucado na estrada e levou-o consigo em
sua trajetória. Agora tinha uma companhia agradável. Em troca da sua
preocupação e zelo a ave cantava todos os dias trazendo esperança e paz
para vida dele através das suas belas canções. O caminho foi modificado.
Novos horizontes foram pautados para serem sua direção junto ao seu
alado companheiro. Paulatinamente tudo que havia de obscuro nele foi
amanhecendo. Dor? Isto se tornou passado. Apenas lembranças de
infortúnios da vida que servirão como aprendizagem. A ave-do-paraíso
ensinou-o que na verdade o arco-íris não estava cinza, apenas ele não
conseguia enxergar a sua verdadeira graça, cores, e o fez refletir tendo
como fruto o pensamento: ”Aprenda que mesmo nos dias mais chuvosos
depois de toda tempestade há um arco-íris para demonstrar que as coisas
ruins acontecem para coisas melhores acontecerem.”.
15 de abril de 2012
Clayton Levi
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