Cometi suicídio para viver mais! Arquitetei tudo pacificamente. Decorei o cenário para o meu "grand finale".
Coloquei o meu cd preferido como trilha sonora. Despi-me do meu terno,
deixei-me ficar à vontade comigo mesmo, ao passo que degustava a minha bebida
predileta! (Um copo cheio me relata coisas mais interessantes do que
vocês, pessoas vazias)... Subi na cadeira e coloquei a corda-liberdade
no pescoço. Parei por um instante, arfei, o meu sistema nervoso ficou
descontrolado, em flashs gradativos lembrei-me dos melhores momentos da
minha vida, dos momentos marcantes... Saltei para afastar-me das
pessoas hipócritas e dessas lembranças que não permitiam ser
livre da insônia!... Meu pescoço não fraturou (para o meu azar), sufoquei devagar enquanto debatia-me insanamente, tudo foi perdendo a nitidez... Não sei o que se sucedeu após o sufocamento... Acordei longe do
lugar em que saltei para liberdade. (Como isso é possível?!), não sei! Acredito que apenas
adormeci. Coloquei a mão no pescoço e não encontrei a corda que libertou-me ou qualquer vestígio de marcas acarretadas pela mesma. Despertei em minha cama, estava
diferente, sentido a vida como uma pena pairando no ar. Tudo aquilo que estava
dentro de mim, sufocando-me se foi... Fui até a sala e não avistei nada. Não sei o que de fato aconteceu. Não
encontrei fragmentos de tudo que preparei. Tudo isso foi apenas um sonho? Não sei! Apenas sei que sinto-me
diferente, sinto a vida fluir de todos os lados. Tudo isso é confuso para mim.
Não sei o que aconteceu, apenas sei que dessa vez farei tudo de outro modo,
dar-me-ei uma vida digna de um clássico literário. Devemos aprender com as cobras a trocar de pele. É preciso se auto-renovar periodicamente! Tudo se fez novo no findar
do itinerário. No fim houve um novo começo!
Clayton Levi
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