"...Outras vezes oiço passar o vento,
E acho que só para ouvir passar o vento
vale a pena ter nascido...".
- Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa).
Uma moça pura retira-se do seu assíduo recanto
Onde são disseminadas as palavras do rabino sacrossanto.
Senta-se no chão, munida de um lápis e o seu confessionário peculiar,
Seu diário, e se põe a confessar buscando se aliviar:
No meu coração guardo um pintor da bondade
Que sonha colorir o mundo com dignidade.
(sobre)viver nesse mundo cinza-ganância-egoísta
É deprimente. Tenho orgulho de ser altruísta.
Onde está o tão falado amor ao próximo?
Onde se escondeu o sentimento de dor
Pela tristeza do seu amicíssimo?
Pessoas hipócritas! Culpam o Acusador
Pelos seus próprios execráveis erros.
Coloco-me em estado de luto eterno por seres dessa linhagem.
Escondem-se atrás das mães como desmamados bezerros...
De repente, tudo se esvai ao sentir em seu rosto a carícia da aragem.
- Clayton Levi
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