A
morte é iminente. Temos conhecimento que ela virá nos beijar subitamente,
entretanto nunca estamos preparados para tamanha carícia.
Quando o sol da minha vida chegar ao oeste, anos se sucederão, todas as
pessoas que me conheceram também deixarão de existir, quase não haverá
resquícios de nossa efêmera passagem por esse planeta azul. Os livros da
minha prateleira que fim terão? Chegará um tempo que alguém lerá o meu
nome em um dos meus amigos de folhas e se perguntarão: "Quem foi este
que tem o nome cravejado no livro? Quais pensamentos emanaram dele ao lê-lo?".
Sentado no banco da praça, adjacente a minha residência, observo a quantidade gritante de pessoas que passam por ela
diariamente. Reflito acerca delas, sobre o que elas podem está
pensando, a respeito dos seus possíveis anseios e lamúrias, pondero o que elas poderiam me
ensinar. Permito-me, por exemplo, imaginar como aquela jovem que transborda alegria pode ocultar o mais sombrio dos segredos, cogitar naquele Sr., que apesar do cansaço da labuta, irá brincar com seus possíveis filhos até o momento em que eles irão adormecer, por fim, o meu devaneio concernente a beata de ar pueril que pode ser uma messalina, o suprassumo do pecado.
Quem sabe alguém esteja fazendo uma ação igual a minha enquanto estou inerte nessa contemplação filosófica. Quem sabe, um dia, quando de fato me conhecer irá dizer: "Pensei que você fosse bravo" ou "Pensei que você fosse uma pessoa que não queria nada com a vida". Talvez, apenas um desses transeuntes pudesse oferecer boas
respostas para as minhas perguntas. Quiçá, um deles pudesse partilhar um
pouco de sua serenidade para refrear a minha mente inquieta ou até é possível que dentre eles existe alguém com pensamentos semelhantes aos meus.
Às vezes, precisamos de alguém para nos salvar de nós mesmos, pois estamos perdidos e podemos nunca mais voltar, precisamos de alguém para nos colocar no lugar. Há momentos que apenas nós podemos ser nosso próprio Messias. Victor Hugo, num insight, disse:
"A esperança seria a maior das forças humanas se não existisse o
desespero.". Afinal, se entregar a derrota podendo conseguir a vitória é
covardia! Quando a vida lhe mostrar que tudo está perdido,
feche os olhos e siga a estrada de tijolos amarelos do seu coração,
porque no fim dela você encontrará a paz que você tanto deseja.
Clayton Levi
Porra do caramba, amei ler o texto, esse cativou do começo ao vim, tive uma inveja por não saber escrever tão bem assim, com argumentos tão claros, objetivos, e críticos. Nos leva a refletir a várias coisas do nosso cotidiano, mais é isso, filosofar, é uma arte que nem todos querem ou conseguem entender.
ResponderExcluirPara que sentir inveja se você pode fazer melhor!? Vamos lá exercitar sua escrita e ler os grandes poetas, assim você poderá escrever melhor do que eu!!! Acredite em você e conseguirá realizar os seus sonhos! Filosofar é viver buscando a compreensão de si e do mundo!
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