Acordou da hibernação poética.
Agora consegue (transcre)ver
O horror da existência cáustica,
O olhar para o outro é cadavérico.
A vida cotidiana é um cansaço
Que sufoca com a força do aço.
O lado sentimental
É quente como metal.
Transportes repletos
De diversos dialetos.
A mente recheada de diversos
Nomes e ideias que serão versos.
As relações - independente de qual seja -
Entre as pessoas são efêmeras como o rio que corre,
Não são feitas para durar.
Não há nem tempo para terminar as rimas daquele
Novo poema, tampouco compactar cada estrofe em
Quatro versos. O café queimou sua boca. Corre!... Ônibus...
A cultura da futilidade possui um altar multifacetado
Para adoração comunitária
Do seu novo escrito (ou não!).
Assim vai vivendo, sem perdão,
O homem do século XXI
Até o dia do enorme "boom"!
Clayton Levi
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